17 municípios estão em situação de emergência no Acre. Além disso, 23 aldeias indígenas do estado foram alagadas com a cheia dos rios
A cheia do Rio Acre já forçou mais de 11,2 mil pessoas a deixarem suas residências em todo o estado do Acre. Dessas, 5.578 estão desabrigadas, enquanto 5.703 estão desalojadas, conforme informado pelo governo estadual. Na capital, Rio Branco, o nível do rio atingiu 15,96 metros.
O governo federal, através da Portaria da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, publicada no domingo, 25, reconheceu a situação de emergência em 17 municípios acreanos. O reconhecimento foi feito no Diário Oficial da União após o decreto estadual publicado em edição extraordinária do Diário Oficial do Estado.
Rio Branco ainda enfrenta problemas com o transbordamento dos igarapés Batista, São Francisco e Dias Martins. Trinta bairros da capital foram afetados. De acordo com a Defesa civil, o número de desalojados é de 274, e de desabrigados, 481, alojados em 10 abrigos. Pelo menos 33 bairros foram impactados. Devido à situação, o governo declarou estado de alerta em todo o estado do Acre no sábado, 24.
O município de Jordão, onde mais de 5 mil pessoas foram diretamente afetadas, decretou estado de calamidade pública devido à cheia do Rio Tarauacá. O prefeito Naudo Ribeiro relatou que mais de 80% da cidade está inundada, sendo necessário até mesmo evacuar o hospital local. Cinco mil moradores foram afetados diretamente pela enchente.
“Primeiro decretamos situação de emergência e ontem, calamidade. O Corpo de Bombeiros enviou cinco militares para apoiar na coleta de dados e ajudar a população. Temos a maior cheia da história do município, o hospital foi atingido com mais de um metro de água, assim como o posto de saúde, a delegacia e o TRE [Tribunal Regional Eleitoral]”, lamentou o prefeito Naudo Ribeiro. Em Assis Brasil, 340 pessoas estão desabrigadas, 125 desalojadas e quatro bairros afetados, com quatro abrigos disponíveis para a população.
*Informações das Agências