São refugiados, imigrantes e solicitantes de asilo que tentavam chegar a Europa por travessias marítimas
Mais de 3 mil refugiados, imigrantes e requerentes de asilo morreram ou desapareceram no ano passado enquanto tentavam chegar à Europa pelas rotas marítimas do Mediterrâneo e do Atlântico. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 29, em relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
Em entrevista em Genebra, Shabia Mantoo, do Acnur, disse, que o número de 2021 representou quase duas vezes o total de vidas perdidas no ano anterior.
“Do total, 1.924 pessoas foram declaradas mortas ou desaparecidas nas rotas do Mediterrâneo central e ocidental, enquanto outras 1.153 morreram ou desapareceram na rota marítima do noroeste da África para as ilhas Canárias. Estamos vendo os aumentos dispararem. É alarmante”, declarou.
Segundo o ACNUR, a pandemia de covid-19 e o fechamento das fronteiras teve um impacto sobre os fluxos migratórios, pois muitos refugiados e migrantes recorreram a traficantes para tentar chegar a Europa.
A maioria das travessias marítimas são feitas a bordo de botes infláveis superlotados e em péssimo estado de conservação. Muitas embarcações desinflam ou viram, o que provoca a morte dos passageiros.
“A viagem no mar a partir dos Estados costeiros do oeste da África, como Senegal e Mauritânia, para as ilhas Canárias é longa e perigosa, e pode durar até 10 dias. Muitas embarcações ficaram à deriva ou desapareceram sem deixar rastro”, destacou.
*Com informações de Agência Brasil/ Reuters e Uol