Trata-se de uma campanha a favor de abertura de igrejas no Brasil. STF vai decidir hoje, 07, sobre a proibição de cultos durante a pandemia
Ganha força no Brasil a campanha #querominhaigrejaaberta, nas redes sociais, que é a favor da realização de cultos e celebrações religiosas presenciais.
“A igreja dá apoio à saúde física, psicológica e psiquiátrica das pessoas. A igreja faz bem para as pessoas, porque trabalha na fé e ajuda na recuperação das pessoas num todo”, afirma Aroldo Martins (PR), vice-líder do Republicanos na Câmara.
O tema foi analisado de forma monocrática por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). No último sábado (3), o ministro Nunes Marques autorizou cultos e missas no país ao atender a uma ação da Associação Nacional de Juristas Evangélicos, Anajure em MG.
O magistrado avaliou que as celebrações realizadas com protocolos sanitárias poderiam ser consideradas essenciais, especialmente durante a Semana Santa.
Campanha
Ao longo de toda esta terça-feira, 6, evangélicos de várias denominações do país postaram em suas redes sociais a imagem de uma campanha pela abertura dos templos. Usando a hashtag #QueroMinhaIgrejaAberta líderes religiosos pediam que a igreja seja serviço essencial para poder funcionar diante das restrições da pandemia.
O Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política (Fenasp) fez uma postagem pelo julgamento que acontecerá nesta quarta-feira, 7, no Superior Tribunal Federal (STF). Os 11 ministros decidirão se as igrejas os cultos serão realizados ou não. A decisão valerá para todo o país independente de leis ou decretos locais. “Não podemos aceitar essa afronta à Constituição”, diz o texto.
Controvérsias
Na segunda-feira, 5, o ministro Gilmar Mendes divergiu do colega, em uma ação do PSD em São Paulo, e vetou a celebração de cerimônias religiosas. O vice-líder do Republicanos avalia que a medida dada por Nunes aumenta em 10 pontos percentuais os espaços públicos e cultos e missas.
“Aquilo que os Estados têm feito, de liberar 15% dos cultos presenciais, com distanciamento e todas as regras de higiene, aferição de temperatura, uso de álcool e gel, por exemplo… A liminar do ministro Kassio tem 25%, um quarto da capacidade do lugar, que é uma possibilidade muito grande de distanciamento, e que a gente não vê que acontece nos grandes centros, nos ônibus, trens, bondes e em muitos outros lugares”, argumenta.
Tanto a Advocacia-Geral da União (AGU) como a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviaram manifestações a favor da liberação de cultos e missas.
*Com informações de R7