Documentário inédito no Brasil sobre uma única doença, mas com múltiplos aprendizados foi tratada em “O Diário de Lidwina”. Longa é uma homenagem do Dia Mundial da Esclerose Múltipla
Hoje, 30, o mundo inteiro celebra o Dia mundial da Esclerose Múltipla. Uma doença desconhecida e sem cura! Em homenagem à data, um documentário inédito no Brasil traz traz depoimentos de especialistas no assunto e de pessoas que convivem com o problema. Trata-se do longa “O diário de Lidwina”
A intenção é expandir conhecimento, visibilidade, compreensão e solidariedade perante os portadores da Esclerose Múltipla, uma doença do sistema nervoso central, de difícil diagnóstico e no estágio da ciência atual.
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A partir da história de Lidwina Van Schiedam, uma jovem holandesa do século XIV, considerada um dos primeiros casos de Esclerose Múltipla da história da medicina, mostraremos o cotidiano de brasileiros portadores da doença e sua busca por tratamento e qualidade de vida.
Através de depoimentos de pacientes, familiares e especialistas da saúde, veremos aprendizados sobre a superação de sequelas e limites, atos de valorização da vida e da investigação científica.
Documentário
O enfrentamento de uma doença grave como a Esclerose Múltipla não restringe o livre-arbítrio do ser humano e sua decisão de superar qualquer limitação psicológica ou física.
Um documentário sobre Esclerose Múltipla é algo ainda inédito na produção nacional cinematográfica. Durante o filme, médicos e especialistas da área, assim como a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla e pacientes participam do longa.
É possível mudar sua vida para melhor depois do diagnóstico de uma doença grave? Através de depoimentos de pacientes que tem a doença, essa e outras respostas são respondidas.
São abordados temas como a gestão pública do acesso de medicamentos de alto custo, a relação das pessoas com o divino e a espiritualidade, as armadilhas psicológicas e a adaptação às sequelas da doença, a profunda gratidão à vida quando se enfrenta doença grave, os tratamentos mais modernos disponíveis e a humanização dos pacientes e dos profissionais de saúde.
Testemunho
Uma das participantes do documentário é a designer gráfico, Carolina Valéria Castilho, 60 anos. No longa ela compartilha sua experiência sobre a doença. Ela recebeu o diagnóstico em 1998, aos 37 anos, após voltar das férias de 40 dias com a família.
“Fui ao oftalmologista, que me encaminhou ao neurologista. Na época estava terminando um curso e não conseguia terminar de passar um caderno a limpo. Tinha muita dificuldade na escrita”, contou ao Conexão Divina.
Ao se consultar com o neurologista, o médico falou sobre a doença “e me perguntou se eu tinha medo de morrer e eu não tenho! Aí ele me falou: ‘ainda bem pq desta doença não se morre só se sofre’. Eu tive que engolir”, relatou.
Carolina convive com a doença, e conta com a fé para vencer os desafios. “Minha fé, meu agradecimento ao meu médico, meu marido que sempre me ajudou e hoje a felicidade de estar compartilhando momentos especiais com meu neto. Eu tenho a esclerose múltipla, mas ela não me tem”, compartilhou.
A doença
Segundo estimativas de ONGs internacionais, existem 3 milhões de pessoas no mundo portadoras de Esclerose Múltipla. No Brasil, há 35 mil portadores e apenas 13 mil em tratamento, de acordo com o DATASUS.
O diagnóstico precoce e correto depende do amplo conhecimento das características da doença e do acesso a bons profissionais de medicina. Isso é essencial para minimizar as sequelas dos surtos e alcançar um tratamento adequado para a Esclerose Múltipla.