Cassação ainda depende de votação do plenário da Câmara, que precisa aprovar parecer por 257 votos. Flordelis é acusada de ser a mandante do assassinato do marido, em 2019
O Conselho de Ética, da Câmara dos Deputados, decidiu, nesta terça-feira (8), pela cassação do mandato da deputada Flordellis (PSD-RJ). Foram 16 votos a favor e apenas um contra, o que significa que a maioria do colegiado foi favorável ao parecer do relator, o deputado Alexandre Leite (DEM-SP) e, agora, o caso terá de ser decidido no plenário da Câmara. Flordelis pode ainda recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
O deputado Márcio Labre (PSL-RJ) foi o único que votou contrário ao parecer do relator. Alexandre Leite afirmou que a conduta da parlamentar não é condizente com a de um representante do povo.
“As provas coletadas, tanto por esse colegiado, quanto no curso do processo criminal, são aptas a demonstrar que a representada tem um modo de vida inclinado para prática de condutas não condizentes com aquilo que se espera de um representante do povo”, destacou Leite.
Crime
Flordelis é acusada de ser a mandante do assassinato do pastor Anderson do Carmo, seu marido. Ele foi assassinado, no dia 6 de junho de 2019, na garagem de casa, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Ela nega a acusação, mas responde na justiça, como ré, por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada. Flordelis não pode ser presa por causa da imunidade parlamentar. É monitorada por tornozeleira eletrônica, desde 2020, o que pode mudar caso ela perca o mandato.
*Com informações do Estadão Estado