Inaugurado pelo sendo federal, o memorial é composto por 27 prismas, representando cada uma das unidades federativas do país. Em solenidade, senadores mortos pela doença também foram lembrados
O Senado inaugurou nesta terça-feira, 15, um memorial dedicado aos quase 640 mil mortos pela covid-19 no país. A iniciativa é da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que denunciou o presidente Jair Bolsonaro em outubro por crime contra a humanidade durante a pandemia.
O espaço é composto por 27 prismas, representando cada uma das unidades federativas. A obra, de autoria dos arquitetos Vanessa Novais Bhering e André Luiz de Souza Castro, tem como premissa ser um lugar de acolhimento e de reflexão. A solenidade de inauguração foi marcada por discursos de homenagem a senadores vítimas da doença.
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“Cada uma dessas vítimas deixou marcas em sua família, amigos e onde viveu. Cada um tinha sua história, sua cultura, sua expectativa e perspectiva de vida, infelizmente interrompidas por essa pandemia
Algumas mortes causaram comoção nacional, outras causaram sofrimento profundo em pessoas próximas. O memorial das vítimas da covid-19 no Brasil representa um ato simbólico de solidariedade às famílias dessas vítimas. Famílias que perderam precoce e antecipadamente personagens de sua história”, discursou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Memorial
A criação do memorial foi aprovada pelos senadores em outubro. O autor do projeto foi o senador Renan Calheiros (MDB-AL) com relatoria de Omar Aziz (PSD-AM). Ambos encabeçaram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que analisou ações adotadas pelo governo federal no combate à pandemia.
A justificativa do projeto, segundo Aziz, é fazer um registro histórico do que aconteceu no Brasil desde o início da pandemia, em março de 2020.
“Estamos inaugurando o primeiro memorial de que se tem notícia nesse país às vítimas da pandemia. É um memorial não somente às mais de 638 mil ausências de compatriotas nossos. Também estará presente a lembrança de três colegas que nos deixaram: o senador [José] Maranhão, o senador Arolde de Oliveira e o querido senador Major Olímpio”, disse Randolfe, ao cobrar providências da Procuradoria-Geral da República (PGR), que recebeu o relatório final da CPI em outubro do ano passado.
Após os discursos, os senadores caminharam pelo espaço do memorial, localizado no anexo 2 do Senado. A ideia inicial era construir o espaço no espelho d’água em frente ao Congresso Nacional, mas, por ser uma área tombada pelo patrimônio histórico, o projeto foi levado para a parte interna do prédio.
*Com informações de Agência Brasil