O Secretário Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente, Maurício Cunha, esteve em uma cerimônia que reuniu diversas autoridades em Vitória (ES), para combater o abuso infantil
A violência sexual infantil assola diversos lares todos os anos no Brasil. Com a pandemia, muitos casos de violência contra crianças e mulheres têm aumentado. Com o intuito de promover o tema, diversas autoridades se reuniram nesta terça-feira, 18, no “Jardim Araceli” em Vitória-ES.
A data faz alusão a morte da menina Araceli que, há 48 anos, foi raptada, violentada e morta na capital. Os suspeitos foram absolvidos e o crime, arquivado. Desde então, o mês é nacionalmente conhecido pelo Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, pela Lei Federal 9.970/2000.
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A ministra Damares Alves, que é titular da pasta do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, esteve presente no evento. Ela é uma das responsáveis pela campanha do Maio Laranja, que visa conscientizar as pessoas sobre a seriedade do problema.
Igualmente, o Secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Maurício Cunha, esteve presente no evento. “E aqui em Vitória, estou no viaduto Araceli Justamente a menina que simboliza a luta pois um dia 18 de Maio de 1973, ela foi brutalmente assassinada e estuprada.
Temos diversas frentes de enfrentamento a violência, como o Disque 100 e o Ligue 180. Mas estamos desenvolvendo, em parceria com a Unicef, um aplicativo de Direitos Humanos nas versões Kids e Teen para que as próprias crianças e adolescentes possam fazer as denúncias das violências ”, declarou o secretário.
Maio Laranja e o cristão
Da mesma forma que o Governo Federal tem investido na campanha contra o abuso sexual, as igrejas evangélicas também devem demonstrar sua força para denunciar esses casos. Através de iniciativas e conscientização, muitos desses podem ser evitados.
Maurício Cunha, que é pastor, declarou que “os cristãos não estão aqui só para povoar o céu”, revelando a importância da igreja se posicionar diante do tema. “Por isso que nós oramos, venha o teu reino, seja feita tua vontade assim na terra como no céu. Os cristãos têm de influência de transformação social expressa através do engajamento sócio-político.
Não há espaço para a alienação do Cristão porque ele tem que se envolver com essa cara grande questões do nosso tempo, principalmente questões que ferem mais vulneráveis aos direitos dos mais vulneráveis como as crianças e os adolescentes”, finalizou o secretário.
*Texto escrito pelo jornalista Victor Rodrigues