Zâmbia e Zimbábue são os países com o maior número de casos de cólera do mundo
Os casos de uma doença tropical capaz de matar em questão de horas aumentaram desde o início do ano, colocando em risco alguns destinos turísticos. Quase 41 mil casos de cólera – uma infecção bacteriana mortal que causa diarreia implacável – foram relatados até agora em 2024.
Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS). O surto em vários países resultou em 775 mortes em 17 países nas Américas, Sudeste Asiático, no Mediterrâneo Oriental e na África.
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Os esforços para conter a propagação da cólera foram afetados “por uma grave escassez de vacinas orais contra a cólera”, alertaram as autoridades.
Emergência global
A vigilância de saúde classificou o ressurgimento global da cólera como uma emergência de grau 3 no ano passado, sua classificação mais alta.
“Com base no número de surtos e na expansão geográfica, juntamente com a escassez de vacinas e outros recursos, a OMS continua a avaliar o risco em nível global como muito alto”, escreveu em um alerta recente.
Isso acontece enquanto agências das Nações Unidas informaram à Reuters que o estoque global de emergência de vacinas contra a cólera “está vazio”, gerando preocupação sobre como a demanda por vacinas será atendida pelo resto do ano.
Países com mais casos
Os países enfrentando o maior aumento de casos este ano são Zâmbia e Zimbábue, que registraram 8.300 e 6.600 casos, respectivamente, ao longo de janeiro.
Mas destinos turísticos populares, como a África do Sul, também registraram casos da infecção bacteriana mortal, que se espalha através do consumo de água não potável e ingestão de alimentos contaminados.
Trinta e quatro pessoas foram infectadas com cólera no país no extremo sul do continente africano, embora nenhuma delas tenha morrido.
A Zâmbia, outro destino turístico popular, também viu um aumento de casos entre 1º de janeiro e 5 de fevereiro; 8.300 pessoas adoeceram com cólera e 270 pessoas sucumbiram à doença.
As Filipinas e a República Dominicana não registraram casos de cólera este ano, mas há uma ameaça persistente de surtos, já que ambos os países relataram infecções em 2023.
Em um relatório divulgado no final de janeiro, o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) afirmou estar monitorando os surtos de cólera globalmente, após o registro de 50.440 novos casos da doença em dezembro de 2023.
*Informações de Gazeta Brasil