O número de fugas no país que mais persegue cristãos no mundo chegou a quase zero no primeiro trimestre de 2021. Coreia do Norte lidera o ranking dos 50 países que mais perseguem cristãos no mundo
Um dos motivos dos números baixos é que as divisas de países da rota de fuga como Mongólia, Vietnã, Laos, Camboja e Tailândia foram fechadas devido a pandemia da covid-19. No entanto, a principal causa desta situação é o bloqueio completo da Coreia do Norte de suas fronteiras na tentativa de evitar infecções pelo vírus.
Caso alguém desobedeça ao governo comunista, os soldados têm ordens de atirar para matar. Ao mesmo tempo, a China repatriou 50 fugitivos norte-coreanos para a Coreia do Norte na quarta-feira, 14 de julho.
Prisão na China
Eles serão questionados se foram aos cultos da igreja ou oraram enquanto estavam na China. Esta é a pergunta mais importante para a polícia norte-coreana, pois não permitem que nenhum cristão acabe em celas normais das penitenciárias. O destino deles são os campos de trabalhos forçados para prisioneiros políticos.
Qualquer que sejam as respostas que os fugitivos derem, eles acabarão em campos de prisioneiros, onde provavelmente morrerão por execução ou como resultado das terríveis condições e maus tratos.
Há vários outros norte-coreanos em Shenyang, Tumen e outros centros de detenção na China, que também esperam para ser enviados de volta para a Coreia do Norte e devem enfrentar o mesmo destino.
Houve uma longa campanha da comunidade internacional para levantar a questão com as autoridades chinesas, e para pedir que os fugitivos norte-coreanos sejam deportados para a Coreia do Sul, onde receberiam a cidadania como parte da política “Uma Coreia”, ao invés de voltar para o país comunista.
Perseguição na Coreia do Norte
A Coreia do Norte é o país que mais persegue cristãos no mundo, segundo dados da pesquisa que gera a Lista Mundial da Perseguição 2021. Desde 2002, o país lidera o ranking dos 50 países que mais perseguem cristãos no mundo.
Os cristãos norte-coreanos continuam a enfrentar perseguição extrema em todas as áreas da vida pública e privada. Um sistema complexo foi desenvolvido no país para expor os cristãos locais. Ele envolve polícia, serviço secreto, espiões e informantes. Toda vila, povoado ou cidade é dividida em vizinhanças e cada uma possui uma unidade.
O líder da unidade precisa fazer relatórios sobre os moradores e entregá-los à polícia. Por causa do monitoramento, cada cristão se encontra apenas com um irmão na fé por vez e é preciso ter uma boa razão para isso, caso contrário, podem ser delatados ou investigados.
Embora as autoridades norte-coreanas afirmem que a COVID-19 teve pouco impacto no país, os norte-coreanos a chamam de “doença fantasma” porque as pessoas já estão tão desnutridas que morrem muito rapidamente de COVID-19. A pandemia levou a uma segurança mais rígida na fronteira com a China e ao controle do mercado negro, que muitos usam para sobreviver.
Ser descoberto como um cristão é uma sentença de morte na Coreia do Norte. Se um cristão não for morto instantaneamente, será levado para um campo de trabalho forçado como um criminoso político. Essas prisões têm condições terríveis, e são poucos os que saem de lá vivos. Qualquer um da família receberá a mesma punição.
Fontes relatam que Kim Jong-un, líder do país, expandiu o sistema de segurança dos campos de prisão, onde estima-se que 50 a 70 mil cristãos estão presos atualmente.
A perseguição na Coreia do Norte
*Com informações de Portas Abertas