“O Talibã não pode tirar a nossa fé”, declara um cristão no Afeganistão
Oito meses após a retomada do Talibã ao governo do Afeganistão, os cristãos secretos continuam resistindo à pressão, mesmo com a situação ainda crítica no país. A nação é a mais perigosa para ser um seguidor de Cristo, segundo a Lista da Perseguição 2022, da Missão Portas Abertas.
Segundo informou o portal Mission Network News, o povo afegão continua enfrentando crise econômica e violações dos direitos humanos por parte dos radicais islâmicos.
“Era difícil para os crentes antes, mas ficou mais difícil hoje. O Talibã está vasculhando as casas. Eles têm um posto de controle em todos os lugares, verificando os telefones, os aplicativos, as mensagens”, relatou um cristão afegão – cujo nome não pode ser revelado – que trabalha com a Heartiran, uma organização missionária que apoia a igreja subterrânea no Oriente Médio.
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Para o cristão, o grupo extremista aperfeiçoou suas táticas de domínio. “O Talibã não mudou nada desde 20 anos atrás, mas uma coisa mudou: eles aprenderam a manipular; como falar com o mundo e fazer o que eles quiserem”, avaliou.
Resistência
Apesar do aumento da perseguição islâmica, a Igreja no Afeganistão tem resistido e continua anunciando o Evangelho. “As pessoas ainda defendem o Senhor. Muitas deixaram o país, mas ainda há muitos crentes dentro do país”, disse o cristão.
Em uma região não revelada, ele e sua esposa continuam discipulando os cristãos. O líder pede que os irmãos em todo mundo orem pela proteção da igreja subterrânea afegã. “Este é o pedido de oração mais importante para nós. O Talibã pode tirar tudo de nós, mas não podem tirar o amor de Deus. Eles não podem tirar nossa fé”, ressaltou.
O cristão secreto também pediu oração para que o Senhor providencie mais obreiros para a igreja. “Precisamos aumentar nossa equipe para servir melhor. Precisamos investir mais para que os cristãos se tornem discípulos, não apenas crentes; porque o crente pode ser facilmente mudado, mas quando ele se torna um discípulo, isso é diferente”, concluiu.
*Com informações de Mission Network News