No Dia Internacional da Mulher, entenda como funciona a perseguição às mulheres cristãs em diversas regiões do mundo
Nesta terça-feira, 8, é o Dia Internacional da Mulher, data em que o mundo reflete sobre a situação enfrentada por mais da metade da população global. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 736 milhões de mulheres sofrem violência física e sexual. Dentre essas vítimas, muitas fazem parte da Igreja Perseguida e passam por agressões por seguirem a Jesus.
Quando uma cristã é perseguida, o objetivo é tirar o valor social que ela tem. Assim, ela ficará vulnerável e mais propensa a voltar à antiga fé. Por isso, os ataques contra ela envolvem violência sexual, física e emocional. Assim, a seguidora de Jesus raramente irá se casar e estará marcada como vergonha da família.
Ruth foi sequestrada pelo Boko Haram quando tinha 14 anos, após um ataque no vilarejo no Nordeste da Nigéria. Ela foi forçada a se casar com um jihadista e teve Samaila. Aos 18 anos, conseguiu fugir com um filho no colo e outro na barriga. Quando chegou em casa, foi tratada como traidora pelos cristãos locais, que chamavam o filho dela de soldado do Boko Haram.
A Portas Abertas apoiou Ruth e a família por meio de aconselhamento pós-trauma e hoje vivem em harmonia. Mas há outras cristãs que enfrentam as mesmas situações em outros países da África Subsaariana.
Perseguição às mulheres no Oriente Médio e Norte da África?
As mulheres que vivem em países de maioria islâmica são essenciais para preservar os princípios e valores da família. Por isso, quando uma decide deixar o islã para seguir a Jesus, é vista como infiel e perturbadora da ordem tanto dentro de casa, como fora.
Nesse contexto, é comum que recém-convertidas sejam presas dentro da própria casa. Elas também perdem o direito de se comunicar, pois têm os celulares apreendidos pelos pais ou irmãos. Muitas são agredidas e forçadas a se casarem com muçulmanos e são proibidas por lei de se casarem com homens cristãos.
Maneiras mais comuns de perseguir as cristãs na Ásia
Na Ásia, a perseguição às mulheres e meninas cristãs pode acontecer de diversas maneiras. Mas há uma linha comum de violência que percorre o continente que se epressa em violência sexual, casamento forçado e tráfico de mulheres e meninas.
Na Ásia Central, por exemplo, o “sequestro de noivas” é comum e aceito pela sociedade, então cristãs convertidas do islamismo podem ser forçados a se casar com um muçulmano por meio dessa tradição.
O sequestro e a violência sexual de minorias religiosas também são endêmicos em comunidades locais, como no Paquistão, onde os homens procuram meninas cristãs menores de idade para casamento e conversão forçada.
Perseguição às mulheres e meninas cristãs na América Latina
Apesar de países como Colômbia, Venezuela e México serem de maioria cristã, as mulheres que seguem a Jesus em locais mais isolados enfrentam pressão e violência. Elas correm o risco de serem sequestradas, agredidas sexualmente, traficadas ou forçados a participar de atividades criminosas. Direcionadas por sua percepção de pureza sexual e suposta docilidade, as meninas são visadas tanto como objetos de prazer sexual quanto como meio de punição aos pais cristãos.
Quando os homens saem de casa em busca de trabalho e melhores condições de vida, as mulheres e meninas que ficam sozinhas correm maior risco de prostituição como meio de sobrevivência. O apoio estatal não é uma opção viável, uma vez que a maioria dos serviços governamentais são oferecidos a quem pertence ao partido no poder.
As diferenças de perseguição de mulheres cristãs
As pressões que as mulheres enfrentam por sua fé em Jesus Cristo, muitas vezes, estão diretamente relacionadas ao seu valor ou importância como mulheres conforme definido pela cultura do local em que vivem.