Apesar de tentativa de Acordo de Paz de 2017, os grupos guerrilheiros se fortalecem e ganham controle territorial ainda maior
A violência e insegurança na Colômbia aumentaram, apesar das medidas de retenção da COVID-19. Isso fez com que as guerrilhas tirassem vantagem da crise para se fortalecer e expor as grandes falhas da implementação do Acordo de Paz.
Essa é uma questão cada vez mais urgente já que grupos criminosos agora podem atuar com impunidade garantida já que ganharam um controle territorial ainda maior. Isso também aumentou o risco das atividades cristãs serem prejudicadas em áreas onde a guerrilha e outros grupos criminosos agem como única autoridade.
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Apesar dos esforços iniciais na implementação do acordo de paz das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), quase cinco anos após a assinatura, dissidentes das FARC, membros do Exército Nacional de Libertação (ELN) e outros grupos de guerrilha lutam pelo controle de regiões inteiras a fim de conduzir atividades ilegais.
Esse contexto tem levado líderes de igrejas e grupos cristãos a serem vítimas de monitoramento sistemático, sequestros, ameaças, extorsões, deslocamento forçado e mortes. Também ocorrem ataques a prédios cristãos e ameaças diretas contra filhos de pastores, quanto a violência sexual ou recrutamento forçado. Essas medidas são especialmente dirigidas a cristãos que se opõem ativamente a atividades criminais, falam em defesa dos direitos humanos, pregam a combatentes e civis, conduzem atividades de oração em áreas violentas e desencorajam jovens a se unir a grupos criminosos.
Aumento da vulnerabilidade
A instabilidade no serviço de saúde e na sociedade em geral, gerada pelo gerenciamento da crise da COVID-19 pelo governo, tem afetado principalmente grupos que já eram vulneráveis, como povos indígenas, defensores de direitos humanos, líderes religiosos e sociais, migrantes e cidadãos de baixa renda.
Com frequência, isso os deixa à mercê de criminosos que exercem controle local de certas áreas do país. Quando cristãos são vítimas de crimes, a fé em Jesus na maioria das vezes não é reconhecida pelas autoridades como sendo a principal causa da vulnerabilidade.
Embora o olhar crítico da sociedade esteja direcionado a qualquer tipo de ação na esfera pública, a intolerância aumenta quando se trata de grupos cristãos, principalmente ao considerar que tenham conexões com círculos governamentais ou estejam em busca de representação política. Apesar de toda a ajuda humanitária realizada por igrejas durante a crise da COVID-19, a situação não melhorou.
*Com informações de Portas Abertas