Resoluções da ONU significarão pouco ou nada para Israel. Primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu diz que informações sobre libertação de grande número de terroristas não são verdadeiras
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo, 4, que seu governo “não aceitará qualquer acordo, nem qualquer preço”, sobre uma trégua na Faixa de Gaza, já que é esperado que as partes respondam nas próximas horas a uma proposta de acordo intermediada por Catar e Egito.
“Muitas coisas são ditas na imprensa como se concordássemos com elas, como a libertação de terroristas, mas nós simplesmente não as aceitaremos”, reiterou no início de uma reunião do gabinete em Tel Aviv.
As últimas informações sobre as negociações em andamento, de acordo com fontes libanesas, falam da libertação dos 136 reféns mantidos pelo Hamas, alguns deles já mortos, por um período de 142 dias em troca da libertação de mais de 100 prisioneiros palestinos.
No entanto, o grupo islâmico está exigindo como ponto de partida um compromisso israelense de concordar com um cessar-fogo, algo que Israel não está disposto a aceitar porque seu objetivo é “desmantelar o Hamas”.
Na última quinta-feira, 1º, os mediadores entregaram ao Hamas um esboço de acordo – que já contava com a aprovação dos Estados Unidos e de Israel – que o grupo islâmico aceitou de forma preliminar, embora ainda falte finalizar algumas questões.
Israel quer acabar com o Hamas
Netanyahu também advertiu que não precisa de ajuda para “saber como lidar com as relações com os Estados Unidos e com a comunidade internacional”, mantendo “firmes” os interesses nacionais de Israel, e destacou que não interromperá a guerra até acabar com o Hamas.
O primeiro-ministro israelense reagiu dessa às declarações feitas pelo ministro de Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, que em uma entrevista ao The Wall Street Journal criticou o governo presidido por Joe Biden por promover a entrada de ajuda humanitária no enclave, o que, em sua opinião, “só ajuda o Hamas”.
“Há aqueles que dizem “sim” para tudo quando você tem que dizer ‘não”. Eles são aplaudidos pela comunidade internacional, mas colocam em risco nossa segurança nacional. E há aqueles que dizem “não” para tudo, recebem aplausos em casa, mas também colocam em risco os interesses vitais”, explicou Netanyahu.
“Gostaria de lhes dizer algo da minha experiência: o truque é saber como navegar, dizer “sim” quando possível e dizer “não” quando necessário”, acrescentou.