Em tempos de prolongada pandemia, crises sanitárias, políticas, econômicas em escala global, o mundo pede saúde mental
O Janeiro Branco faz parte dessas campanhas que têm ganhado a atenção dos brasileiros. A iniciativa dar luz à importância da saúde mental e incentivar empresas e instituições a debaterem o assunto logo no começo do ano.
A campanha nasceu em 2014c, com o objetivo de ajudar na prevenção e tratamento de doenças mentais, quebrando tabus que ansiedade não é algo sério ou ainda que depressão é “falta de ter o que fazer”, como muitas pessoas já ouviram.
O alcance da iniciativa mostra a urgência do assunto e a necessidade que as pessoas sentem de falar sobre isso. O mês de janeiro e a cor branca foram escolhidos pela campanha pois ambos representam um recomeço.
Doenças mentais nem sempre foram levadas a sério e, em muitos casos, as pessoas sentiam vergonha de serem julgadas ou demonstrarem suas fraquezas.
Por que falar em saúde mental no Brasil?
Além disso, a “ditadura da felicidade”, imposta pelas redes sociais, faz as pessoas acreditarem que no processo de desenvolvimento pessoal e crescimento profissional tudo é perfeito, e que os resultados são fáceis de alcançar.
Isso emana uma mensagem de que as pessoas não alcançam o sucesso ou não têm uma vida perfeita porque não se esforçam o suficiente, desencadeando problemas como ansiedade, depressão e estresse.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 12 milhões de brasileiros sofrem de depressão. Isso representa cerca de 5,8% da população. O potencial de alcance da doença, entretanto, é muito maior. A pesquisa diz que cerca de 20% a 25% da população tem propensão a se tornar depressiva.
Quando o assunto é ansiedade, a doença atinge cerca de 20 milhões de brasileiros, 9,3% da população. O resultado mais sério desses males, o suicídio, já é considerado pelo Ministério da Saúde como a quarta principal causa de morte entre os jovens.