Como a guerra de linguagem é tão letal quanto o conflito armado. A narrativa se constrói antes da destruição bélica e militar
“Limpeza Étnica” é um termo que ganhou força na academia mundial. Um dos precursores foi um historiador israelense pró-palestina Ilán Peppé. Segundo ele, Israel provoca um grande transtorno ao lidar com palestinos.
De acordo com uma matéria publicada em um site jornalístico nesta semana, uma modelo norte-americana de ascendência palestina, levantou a expressão “Limpeza Étnica”.
A modelo Bella Hadid criticou os bombardeios de Israel na Faixa de Gaza. “Isso é sobre colonização israelense, limpeza étnica, ocupação militar e apartheid sobre as pessoas palestinas que acontece por anos. Eu estou ao lado dos meus irmãos e irmãs palestinos, eu vou te proteger e apoiar o melhor que eu posso. Eu te amo”, afirmou a modelo.
A grande questão é que precisamos definir muito bem tais argumentos, pois o que está por detrás do conflito bélico, são exatamente as expressões.
O conflito divide o mundo e não apenas uma região. Um exemplo para o início deste conflito é o termo: “Nakba” (Tragédia), designado pelos palestinos para o dia em que surgiu o Estado de Israel em 14 de maio de 1948.
De acordo com Peppé, escritor do livro “Limpeza Étnica na Palestina”, que defende um movimento de boicote a Israel, a Palestina nunca será maior do que o adversário no campo militar, mas ele utiliza uma outra ferramenta para “resistir”.
Anti-semitismo e o BDS
O BDS (Boicote, Desinvestimentos e Sanções) é uma plataforma informal de ativistas, grupos sociais e organizações que, a nível mundial, coordenam os seus esforços, em resposta ao apelo lançado pela sociedade civil palestina. Segundo eles, a ação visa pressionar Israel a cumprir com o Direito Internacional e a Declaração Universal dos Direitos do Homem.
Entretanto, por detrás desta grande narrativa acadêmica existe um inimigo: o anti-semitismo. De acordo com as organizações e indivíduos que apoiam o boicote, os judeus são inimigos pelo fato de serem considerados colonos, nacionalistas, sionistas, e buscarem oprimir o povo palestino.
Da mesma forma, instituições religiosas e cristãs por todo mundo, não todas, muitas vezes negam a importância da nação de Israel, promovendo um “anti-semitismo velado”. Eles afirmam que Israel é uma nação que perdeu o seu “tempo”, mas descartam historicamente sua importância. Um exemplo: dos os 66 livros da Bíblia, 66 foram escritos por judeus, ainda que messiânicos, eram judeus.
Minha opinião na “Limpeza Étnica”
O Hamas, que é o grupo pró-palestina, quer a libertação do jugo israelense como afirmam. Entretanto, as táticas utilizadas pelos “terroristas”, utilizo o termo com liberdade, são totalmente anti-humanitários.
De acordo com fontes internacionais de notícia, o Hamas, utiliza-se de pessoas como escudo humano para defenderem-se dos ataques de Israel. Por isso é comum se reunirem totalmente em áreas civis, utilizando-se das pessoas como “barricadas” vivas.
Na última semana, Israel fez de tudo para minimizar os ataques, avisando sempre uma hora antes, para evitar o menor número de civis mortos. Ademais, em minha concepção, Israel é o relógio de Deus para o mundo, pais ali, em Jerusalém existe o ponto maior tensão sociopolítica do mundo, igualmente religiosa. Shalom para você e sua família. Pray! (C/C: 3.271)
Victor Rodrigues é teólogo, jornalista, capelão e estudante de psicanálise. Atuou como missionário no Uruguai e atualmente é colunista e empreendedor.