A mãe e o irmão da menina também foram agredidos por serem cristãos
Uma menina cristã de quatro anos, a mãe e o irmão foram espancados por vizinhos extremistas em um vilarejo remoto no Norte de Bangladesh. O conflito começou quando a menina que faz parte de uma família cristã de origem muçulmana fez uma pergunta simples a uma vizinha.
No início de novembro, Sephali (pseudônimo), uma menina cristã de origem muçulmana, de quatro anos, estava brincando perto de casa à tarde quando viu a vizinha, uma senhora de certa idade, e perguntou “o que a senhora está fazendo?”, uma pergunta muito comum que as pessoas fazem em geral umas às outras.
A senhora respondeu a menina com muita rispidez dizendo: “sua família não deve falar conosco. Não queremos falar com vocês. Não queremos relação alguma porque vocês são cristãos. Falar com vocês seria um grande pecado para nós”. A mulher ficou irada e repreendeu a menina com grosseria.
Ataque de intolerância
Ao ouvir os gritos, a mãe de Sephali e o outro filho, de treze anos, saíram de casa e viram a senhora repreendendo a pequena Sephali com dureza. A mãe de Sephali perguntou à senhora “o que minha filha fez para a senhora?” e a senhora respondeu “vocês são cristãos. Por que ela falou comigo? Vocês não devem falar conosco”.
A mãe da menina explicou que foi uma pergunta simples, que não havia a necessidade de se irar com a criança nem de repreendê-la daquela forma. A senhora ficou ainda mais irada e continuou gritando com elas. Foi então que o marido da senhora muçulmana veio e juntos, marido e esposa, começaram a bater na pequena Sephali, na mãe e no irmão de 13 anos.
O casal usou um pedaço de madeira que encontraram nas proximidades. Os três cristãos ficaram com feridas graves em diferentes partes do corpo, por isso foram levados ao hospital local no mesmo dia. O pai de Sephali denunciou o ataque às autoridades locais e à polícia. Até agora nenhuma ação foi tomada.
Parceiros locais da Portas Abertas falaram com as vítimas por telefone e compartilharam algumas palavras de consolo. Eles continuam orando pela recuperação da família e estão em contato com o líder cristão da igreja em que a família congrega para ajudá-los.
*Informações de Portas Abertas