Líder cristão estava exilado por frequentar igreja doméstica e possuir Bíblias. Ebrahim Firouzi foi preso em 2013 acusado de evangelizar
O ex-muçulmano Ebrahim Firouzi , que foi preso e depois exilado por suas atividades na igreja doméstica, foi encontrado morto aos 37 anos no Irã. Segundo a família, Ebrahim havia morrido de ataque cardíaco dois dias antes. Seu irmão teria ido ao seu apartamento, sem notícias dele há alguns dias e descoberto seu corpo.
Em agosto de 2013, Ebrahim foi preso por frequentar uma igreja doméstica e possuir Bíblias. Desde então lutava por sua liberdade física e religiosa de seguir a Jesus. Em outubro de 2019, o líder cristão saiu da prisão e foi cumprir a pena de dois anos na província de Sistão-Baluchistão, perto da fronteira com o Paquistão
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O seguidor de Jesus foi ameaçado de voltar para a prisão quando gravou um vídeo em protesto às violações de seus direitos. Na ocasião, Ebrahim testemunhou: “O poder do amor de Cristo por nós é tal que nenhuma outra força pode nos distrair do que acreditamos. Eles [perseguidores] podem ser capazes de nos machucar, mas eles não podem causar danos às nossas almas.”
A vida no exílio
Mesmo no exílio, Ebrahim deu frutos e tornou-se um membro respeitado da nova comunidade. Ele também iniciou um negócio e pensava em se casar. “Ele ajudou escolas locais, financiando projetos de banheiros e saneamento. Comprou sapatos, bolsas e artigos de papelaria para as crianças da região. Ele tinha esperança no futuro e criou esperança para a comunidade em que vivia”, revela Mansour Borji, diretor do site britânico Article18.
Borji entrevistou o líder cristão e fez uma homenagem após sua morte: “A liberdade de todos terem acesso e possuir uma Bíblia era fundamental para a vida e o ministério de Ebrahim. Foi a razão pela qual ele foi inicialmente preso e cumpriu quase sete anos de prisão.”
Assim como José do Egito, Ebrahim tinha certeza do seu chamado e fez a diferença enquanto estava preso. “Mesmo durante a prisão, ele encontrou formas criativas de disponibilizar isso [Bíblias] a todos quando se tornou responsável pela biblioteca da prisão. Durante os dois anos de exílio e até os últimos dias de sua vida na terra, essa paixão não o abandonou”, continua o diretor.
*Informações de Portas Abertas