Negociações começam quatro dias após invasão da Rússia na Ucrânia. Putim concordou com o diálogo para findar a guerra após se sentir pressionado pelas sanções econômicas do Ocidente
Começou nesta segunda-feira, 28, em Belarus, as negociações entre representantes da Rússia e da Ucrânia. A conversa entre os países acontece quatro dias após a Rússia invadir a Ucrânia, no que é considerado o maior ataque a um país europeu desde a Segunda Guerra Mundial.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que a delegação de seu país “não impôs precondições” para o começo das conversas. Ele tratou do início das negociações com o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko.
Mas exigiu que os aviões, helicópteros e mísseis em território do país permaneçam em terra até os representantes ucranianos retornarem. “Concordamos que a delegação ucraniana se encontrará com a da Rússia sem precondições sobre a fronteira da Ucrânia com a Belarus, nas proximidades do rio Pripyat”, relatou Zelensky por meio do Telegram.
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As conversas começam com o objetivo de um cessar-fogo imediato e a retirada do Exército russo, disse a Presidência da Ucrânia, depois de um avanço da Rússia considerado mais lento que o esperado.
A Rússia tem sido cautelosa sobre as negociações, e o Kremlin se recusa a comentar qual o seu objetivo. Não está claro se será possível ter algum progresso depois de o presidente Vladimir Putin por as forças nucleares russas em alerta nesse domingo, 27.
As negociações estão ocorrendo na fronteira da Bielorrússia, aliado russo, onde foi aprovada ontem nova Constituição que retirou do país o status de não nuclear, no momento em que o aliado russo se tornou plataforma de lançamento de ataques contra a Ucrânia.
Ataques
Autoridades ucranianas disseram que explosões foram ouvidas na madrugada desta segunda-feira na capital Kiev e em Kharkiv. Mas as tentativas das forças terrestres russas de capturar os principais centros urbanos foram repelidas, acrescentaram.
Pelo menos 102 civis na Ucrânia foram mortos desde quinta-feira, 24, e 304 ficaram feridos, mas teme-se que o número real seja “consideravelmente maior”, afirmou a chefe de Direitos Humanos das Nações Unidas, Michelle Bachelet.
Mais de meio milhão de pessoas fugiram para países vizinhos, segundo a Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados.
Veja o início do encontro entre os países
*Com informações de Poder 360