Segundo o estudo, apontou que um terço dos centros médicos consultados em São Paulo registraram aumento de internações nos leitos
Especialistas têm afirmado que já é possível notar os efeitos da vacina na curva da pandemia no Brasil, mas alertam para a necessidade de manter cuidados diante da lentidão da campanha de imunização, a flexibilização crescente das medidas de isolamento social, as novas variantes do vírus e o início do inverno.
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O percentual de hospitais com ocupação de leitos de UTI covid acima de 80% caiu, no mesmo período, de 83% para 62%. Em leitos clínicos, o percentual de hospitais lotados caiu de 81% para 31% O estudo não traz os números absolutos. O levantamento foi realizado por amostragem pelo SindHosp, que ouviu 86 hospitais privados – 29 da capital e 57 do interior – entre 28 de junho a 2 de julho. A pesquisa anterior havia sido feita de 14 a 18 de junho.
Para o médico Francisco Balestrin, presidente do sindicato, a queda no percentual de hospitais com ocupação de leitos covid-19 acima de 80% não deve levar a população a se descuidar dos protocolos de segurança sanitária. “O tempo frio, que pode trazer complicações respiratórias e outras infecções virais, e a morosidade da vacinação contra a covid podem fazer crescer novamente a contaminação pelo coronavírus”, alerta.
Tendência de queda nas internações hospitalares
A tendência de queda nas internações hospitalares pela covid-19 já havia sido apontada pela Secretaria de Saúde do Estado nos boletins diários sobre a pandemia. Nesta sexta-feira, 2, pela primeira vez o número de pacientes internados em enfermaria covid, depois de 120 dias, foi menor do que 10 mil (9.818).
Em 28 de junho, a mesma barreira havia sido quebrada pelo pacientes em UTI. Eram 9.981 internados, o menor número desde 16 de maio. Em dez dias, a taxa geral de ocupação hospitalar (hospitais públicos e privados) caiu de 78,3% para 73,5% no Estado. Ainda assim, o total de internados é mais elevado do que no ano passado.
A gestão João Doria (PSDB) manteve o Estado de São Paulo na fase de transição, com restrições ao funcionamento das atividades econômicas, até 15 de julho. Pelas regras atuais, restaurantes, salões de beleza e de barbearia, atividades culturais, academias e o comércio podem funcionar das 6h às 21h com 40% da ocupação.
Unidades recebem pacientes mais jovens
A pesquisa do SindHosp aponta que a faixa etária dos pacientes internados em UTI vem caindo, ou seja, pessoas mais jovens são internadas. Em 81% dos hospitais, as unidades de suporte intensivo têm pacientes na faixa de 41 a 50 anos, enquanto no levantamento anterior eram 63%.
Especialistas também associam essa tendência à imunização, uma vez que as maiores coberturas vacinais estão nos grupos mais velhos. O tempo médio de internação também continua alto. Em 74%, os pacientes ficam de 8 a 14 dias em leitos clínicos. Já a internação em UTI, para 67% dos hospitais, leva de 15 a 21 dias
*Com informações do Estadão/ Por José Maria Tomazela