Pastor Jorge Linhares será investigado pelo Ministério Público de MG por um vídeo que foi postado no instagram do Colégio Batista Getsêmani, mantido pela igreja que ele dirige, que é contra a ideologia de gênero e a favor dos valores bíblicos
Líder da igreja Batista Getsêmani, em Belo Horizonte (MG), pastor Jorge Linhares, foi intimado pelo Ministério Público de Minas Gerais para comparecer ao órgão para responder sobre uma postagem de um vídeo na qual se opõe à ideologia de gênero. Ele foi enquadrado pela OAB como “discurso de ódio”.
O pastor foi intimado como diretor do Colégio Batista, que é mantido pela igreja que ele dirige. Ele publicou a intimação nas redes sociais.
“Aí está, o Ministério Público do estado de MG, mandando para mim a intimação para eu estar lá no dia 02 de agosto de 2021, às 15h00, na condição de investigado por ter declarado claramente que, não somente eu, mas o Colégio Batista Getsêmani, a igreja, todos nós, a Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus declara que homem é homem, mulher é mulher, menino é menino, menina é menina”, declarou o pastor.
Linhares pediu que os irmãos na fé intercedessem por ele. “Ore para que no abrir da minha boca eu seja um instrumento para glória de Jesus”.
O pastor Jorge Linhares, que já foi chamado para prestar depoimentos, saberá sobre as medidas ou ação reparatória após a audiência da segunda-feira (02). O promotor de justiça, Mário Konishi, disse que a ideia do Ministério Público é apurar melhor os fatos para tomar as providências em caso de discriminação, se houver.
“Nós demos uma resposta, como instituição cristã, que tem como base a Bíblia Sagrada. A escola gira em torno de ensinamentos em prol da família”, disse o pastor.
O vídeo que gerou a intimação
O vídeo, chamado de “Deus nunca erra”, que não foi produzido pelo Colégio Batista Getsêmani, e compartilhado pela instituição, foi postado no dia 28 de junho e viralizou nas redes sociais.
Nele aparecem crianças defendendo os gêneros masculino e feminino, logo após a polêmica campanha do Burger King em defesa da causa LBGT, no mês do orgulho gay.
As crianças dizem que a “ideia de que meninos podem se tornar meninas é enganosa e que Deus fez meninos e meninas”. Mesmo assim, a instituição de ensino foi acusada de homofobia, conduta que pode ser criminalizada, conforme a lei de discriminação vigente em alguns Estados do Brasil.
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