A mulher que eu sou hoje é a filha do altíssimo, essa sim é a minha identidade
O que você tem dito para você? Em 1 Coríntios 13:12, a Bíblia nos diz: “O que agora vemos é como uma imagem imperfeita num espelho embaçado, mas depois veremos face a face. Agora o meu conhecimento é imperfeito, mas depois conhecerei perfeitamente, assim como sou conhecido por Deus”.
O Apóstolo Paulo nos traz a análise, da nossa visão espiritual, ainda ser imperfeita, pelo fato do objeto utilizado estar incompleto (embaçado/ conhecimento imperfeito) e que, somente depois de um tempo teremos o conhecimento perfeito, assim como Deus nos conhece.
Em tempo como os atuais, nada mais propicia que essa Palavra, eis aqui a necessidade de tornarmos o nosso conhecimento imperfeito em perfeito, mas como? Tratando da nossa Identidade.
A Identidade pode ser definida como o conjunto de características e circunstâncias que distinguem uma pessoa ou uma coisa e graças as quais é possível individualiza-la; também a consciência que uma pessoa tem dela própria tornando-a diferente das outras.
O senso de identidade/valor, tem sido devastado na vida da grande maioria das pessoas. Segundo pesquisas, 95% da população do mundo vive abaixo do seu potencial, alheias a sua capacidade de transformar as circunstâncias, por estarem desconectadas de si mesmas.
É importante trazer a diferença entre identidade e papéis. A identidade organiza significados e os papéis as funções. Normalmente nos enxergamos muito mais em papéis/funções que desempenhamos ao longo da vida, porém, se algum desses papeis terminam, entramos em crise existencial.
Eis a importância de se fortalecer a identidade para que os papéis não sejam o fator que nos constitua essencialmente – ter a consciência de quem realmente somos, nos ajudar a entrar e sair dos diversos papéis sem ser moldada por eles, e isso interferir na forma que pensamos sobre nosso valor e importância.
Quando o exercício das funções como se estas fossem a identidade passam a se tornar usual, entra-se no processo da perda da identidade, popularmente conhecido como ter máscara, que nada mais é a pessoa viver se escondendo com medo e com dificuldade de apresentar-se por receio de não ser aceita.
Alguns sinais de quem vive desconectado da verdade interior podem ser notados. São elas: dificuldade de pedir o que precisa e deseja; espera que os outros adivinhem e se ressente quando isso não acontece; não valoriza a sua própria ideia e opiniões; tem um constante sentimento de derrota; vive em sentimento de culpa; vive de acordo com o que as pessoas desejam/ não tem controle de sua vida; sente-se desvalorizada e tem expectativas que um dia alguém irá valoriza-la de verdade; irrita-se facilmente e reage desproporcionalmente.
Quando perdemos a identidade
A perda da identidade nos torna volúveis, sendo influenciadas pelo mundo exterior, por consequência, deixamos de ter as nossas próprias ideias e visão sobre o mundo e fatos, para nos ajustarmos à expectativa da sociedade e a sua aprovação, através do fator comparação.
A autoimagem fraca, nos leva a procura de evidencias que comprovem o que realmente somos, quando um círculo vicioso de fracasso se instala, porém, quando as oportunidades de sucesso aparecem, elas fogem, porque não combina com sua crença limitante de sua autoimagem.
A qualidade da sua imagem é que vai determinar à sua maneira de lidar com os obstáculos em sua caminhada para o sucesso.
A perda da identidade é uma condição emocional, psicológica e comportamental, resultante do não atendimento das necessidades emocionais básicas das pessoas – gerando dificuldades na manifestação aberta dos seus sentimentos, através de uma discussão, franca de seus sentimentos interpessoais, principalmente, no seio familiar, quando essas possuem regras mais rígidas e não há espaços para a espontaneidade e nem para a expressão de sentimentos.
Ao fazer analise do Novo Testamento, percebe-se que Jesus Cristo foi o primeiro a implantar a identidade na mulher, naquela sociedade (para qual elas eram invisíveis). Em ato continuo vemos o mesmo Cristo curando sentimento delas, restaurando a alma, para então dar a elas a verdadeira identidade, aquela manifestada em Efésio 1:5, identidade de filhas.
Podemos citar os casos de Maria a mãe de Cristo; a mulher samaritana; Maria Madalena. Todas abandonaram os papeis que as prendiam/ escravizavam e adoeciam, passando a viver a identidade genuína. (Efésios 1: 5). Esse mesmo Jesus Cristo, continua querendo fazer-nos a nos ver em um espelho que realmente reflita a nossa verdadeira identidade, para podermos responder com toda a segurança: A mulher que eu sou hoje é a filha do altíssimo, essa sim é a minha identidade.