Com influência da bossa nova, Rodrigo e Lia lançam canção “Bela”, com participação de integrantes de projeto em apoio à mulher com câncer
Juntos há 23 anos no amor e na música, a dupla Rodrigo e Lia faz uma bela homenagem ao Dia Internacional da Mulher com a canção autoral “Bela”, que chega nas plataformas digitais nesta segunda-feira (07). Com influências da bossa nova, a canção foi escrita por Rodrigo em 2020 e conta com a produção musical de Carlinhos Borges.
“Com uma mensagem doce e poética, a música tem como objetivo despertar o valor que cada mulher possui. Inicialmente, a letra começa falando do quanto as circunstâncias da vida tentam sufocar o seu real valor. A sociedade sempre tentou impor uma fôrma, um padrão, um estilo de vida perfeito e na canção tentamos expressar que cada mulher possui a sua própria beleza, particularidade e valores ligados diretamente ao propósito do Criador para cada uma delas”, explica Lia.
O duo ressalta alguns elementos presentes nos versos da canção. “Na letra, citamos o fato de que muitas delas viverem em conflitos internos por não saberem o quão únicas e especiais elas são aos olhos de Deus. Em um trecho cantamos “Bela, menina bela, rosa amarela que não sabe o que fazer…”. A expressão “rosa amarela” traz a ideia de que cada mulher possui a sua própria história, sua trajetória de vida que a torna tão única e especial”, disseram.
Clipe: muita emoção
Os artistas também lançaram o videoclipe em seu canal oficial no YouTube. O vídeo conta com a participação de um grupo de mulheres do Projeto Moça Bonita, que apoia mulheres com câncer.
“Além de expressarmos a beleza e a doçura de cada mulher, mostramos também toda sua força, ousadia e capacidade de superar as suas próprias adversidades, tornando-se um bálsamo, fonte de inspiração e motivação para outras mulheres. O Projeto Moça Bonita foi a “peça chave” apontada pelo próprio Deus para representar todo sentido proposto pela música.
Entramos em contato com a responsável pelo projeto e fizemos o convite. Teríamos que marcar um dia que fosse viável para todas elas e, no dia da gravação, o tempo fechou e a chuva caiu na hora marcada. Ficamos aflitos pois a gravação seria ao ar livre e nós não queríamos causar problemas maiores a nenhuma delas. Foi aí que começamos a ver o sobrenatural de Deus acontecer. Aquelas mulheres tem algo muito especial da parte de Deus. A coordenadora do projeto disse: “Calma que Deus está no controle e vai acontecer!”. Não foi nenhuma surpresa para elas, mas na hora da gravação parou de chover.
Segundo a dupla, as mulheres se emocionaram com a canção e um dos destaques foi Michelle, que foi direto de sua 72ª quimioterapia para a gravação.
“Víamos o quanto ela estava debilitada por conta da reação do medicamento, mas ela estava ali e disse: “Eu tinha que vir!”. Ela sorriu e as Moças Bonitas lhe abraçaram. Então eu disse: “Faremos um take só com ela!”. Eu a abracei e cantei “Bela” olhando em seus olhos e ela simplesmente sorriu. Foi o momento mais especial do clipe. Aquelas meninas nos ensinaram uma grande lição! O lema do projeto, na palavra delas, não é “Lamber o câncer, mas sim viver um dia de cada vez”. Ao final de suas reuniões elas se unem e gritam juntas: “Bora viver!” e conseguimos registrar esse momento e colocar no clipe. Todos os takes foram gravados de forma espontânea e mais natural possível e foi exatamente o que vemos e sentimos: a força, a alegria e a fé que essas Moças Bonitas tem para nos ensinar”, resumiram Rodrigo e Lia.
Sobre a dupla
Rodrigo e Lia são pastores e líderes do ministério de música do Ministério A Visão de Deus (MAVD CHURCH), em Cabo Frio (RJ). Pais de três filhos – Livia, de 15 anos; Ana Julia, de 7; e Davi Lucca, de 5 – eles falam que foi amor à primeira vista e se casaram dois anos após se conheceram pela primeira vez.
“A música desde sempre esteve entre nós, pois juntos participávamos de ministério de louvor e já fazíamos nossas primeiras composições. Com um estilo influenciado pela nova MPB, eles costumam apresentar canções marcadas pela leveza e pela originalidade ao cantar sobre fé, esperança e amor, mostrando a diversidade de sons e ritmos do Brasil.
Apoiada pela família, Lia ganhou um concurso de talentos aos seis anos cantando uma música escrita pela mãe e pelos tios que eram músicos. Já Rodrigo ganhou seu primeiro violão aos nove anos e aprendeu a tocar sozinho e também toca ukelele.
“Desde o namoro, o amor e a música foi o elo forte que nos unia. Já neste período do namoro surgiram nossas primeiras composições e já sentíamos que havia um propósito de Deus pra nós na área musical. Mas foi no ano de 2009, através de um amigo que foi até um estúdio de nossa cidade para saber quanto custaria. Sem nos avisar, ele realizou um evento e todo dinheiro arrecadado foi entregue a nós e disse que já tinha agendado o estúdio e o produtor já nos aguardava e foi assim que começou a nossa história com a música”, contou.
A primeira música lançada pela dupla foi “Se Traduz”, em 2018, e eles começaram com o apoio do cantor Salomão do Reggae, que hoje é um dos vocalistas da banda Trilo. Na época, eles viram um post em que Salomão convocava artistas que queriam dar um pontapé inicial na carreira através do selo Dunada Criações.
Já em 2020, eles lançaram a canção “Manda Parar” em uma collab com Salomão do Reggae, que é coautor do single ao lado de Rodrigo e Rich Lima, que também assina a produção da faixa.
“‘Mandar Parar’ foi escrita e gravada em novembro de 2019. Em março de 2020 foi anunciada a pandemia e enfrentamos uma grande batalha porque contraí a Covid-19 em julho, no mês que lançaríamos a música. Fizemos novos planejamentos e “Manda Parar” foi lançada exatamente um ano depois. Foi aí que entendemos que a experiência da Covid foi a prova viva da mensagem que nós iriamos cantar. A guerra emocional que enfrentamos foi dura demais, mas eu me lembrava a todo o tempo do que a música dizia: “Manda parar aquela voz que diz que não vai dar”.