Entre os mortos os 64 mortos está uma criança. Ataques da Rússia ao território ucraniano começaram na madrugada desta 5ª feira, 24
Ao menos 64 pessoas, entre civis e militares, morreram após o avanço das tropas russas na Ucrânia, informaram um assessor presidencial e autoridades regionais. O presidente russo, Vladimir Putin, deu sinal verde para o que definiu como “operação militar especial” contra a Ucrânia, na madrugada desta sexta-feira, 24.
De acordo com a Polícia Nacional e o Serviço de Guarda de Fronteiras da Ucrânia, foram quatro civis mortos em Donetsk, na cidade de Vugledar, após bombardeios; um menino morto após explosão durante incêndio em prédio residencial em Chuguiv; Um morto em Berdyansk após forças russas alvejarem uma unidade militar de defesa aérea; Três guardas de fronteiras mortos em Skadovsk; Um guarda de fronteira morto em Kherson após bombardeio; Cinco militares morreram após queda de avião militar das Forças Armadas da Ucrânia em Obukhiv.
O governo ucraniano diz que a ação é uma “invasão total”. O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros afirmou que a Rússia lançou operação em larga escala. O ataque teria sido feito pelas fronteiras com Rússia, Bielorrússia e Crimeia. O Exército ucraniano diz ter abatido cinco aviões russos e um helicóptero, segundo as agências Reuters e AFP.
Decisão da Rússia de atacar
Em comunicado citado pela agência de notícias estatal russa Tass, o Ministério russo da Defesa disse que está usando “armas de alta precisão” para inutilizar a “infraestrutura militar, instalações de defesa aérea, aeródromos militares e aviação das Forças Armadas da Ucrânia”.
“A Rússia lançou ataques contra nossa infraestrutura militar e postos fronteiriços”, disse hoje o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em vídeo divulgado na rede social Telegram.
Zelensky impôs a lei marcial em todo o território. Pediu aos ucranianos que evitem “pânico” e confiem na capacidade do Exército para defender o país. O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kouleba, acusou a Rússia de ter iniciado “invasão em larga escala”.
“Cidades pacíficas da Ucrânia estão sendo atacadas. Esta é uma guerra de agressão. A Ucrânia vai se defender e vencer. O mundo pode e deve parar Putin. É hora de agir agora”, escreveu Kouleba na rede social Twitter.
Explosões
Foram registadas fortes explosões em pelo menos cinco cidades da Ucrânia, incluindo a capital, Kiev, horas depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ter anunciado o início de operação militar no país.
Pelo menos duas explosões foram ouvidas, de madrugada (horário local), no centro de Kiev, tendo sido seguidas pelas sirenes de ambulâncias, segundo jornalistas.
Com meio milhão de habitantes, Mariupol é a maior cidade na fronteira com as autoproclamadas repúblicas separatistas pró-russas de Donetsk e Luhansk. Mais perto da fronteira, na cidade de Kramatorsk, quartel-general do Exército ucraniano, pelo menos quatro explosões foram ouvidas.
Também a cidade de Kharkiv, no Leste da Ucrânia, e o Porto de Odessa, no Mar Negro, Sul do país, registraram explosões. A Ucrânia anunciou o fechamento do espaço aéreo para a aviação civil. Em comunicado, o ministério ucraniano das Infraestruturas justificou a decisão alegando “elevado risco para a segurança” do setor.
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*Com informações das agências