Vladimir Putin disse que o arsenal da Rússia é o mais “moderno do mundo” e “mais avançado” que o dos Estados Unidos
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, voltou a proferir ameaças contundentes ao Ocidente, reafirmando a prontidão do seu país para o desenrolar de uma possível guerra nuclear.
De acordo com relatos da Fox News, o líder russo advertiu que consideraria o envio de tropas dos EUA para a Ucrânia como uma escalada significativa do conflito em curso.
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“Estamos, é claro, prontos do ponto de vista técnico-militar”, afirmou Putin à mídia estatal Rossiya-1, à TV e à agência de notícias RIA, quando questionado sobre a possibilidade de um confronto nuclear.
Putin destacou que está ciente de que o envio de tropas para a Ucrânia ou para o território russo seria visto por Moscou como uma intervenção direta na guerra, enquanto também clamou por “contenção estratégica”.
Armamentos para Ucrânia
O alerta de Putin veio à tona após os Estados Unidos anunciarem o envio de aproximadamente 300 milhões de dólares em armamentos para a Ucrânia, visando auxiliar o país europeu em sua resistência contra a Rússia.
Apesar de enfatizar a prontidão militar, Putin ressaltou que “não tem pressa” em utilizar armas nucleares: “Não acredito que tudo esteja precipitado aqui, mas estamos preparados para isso”, salientou.
“As armas existem para serem usadas. Temos nossos próprios princípios”, acrescentou durante a entrevista.
A Rússia e os Estados Unidos são as principais potências nucleares globais, controlando conjuntamente mais de 90% das armas nucleares do mundo, conforme lembrado pela Fox News.
Enquanto as tensões persistem, líderes ocidentais reiteraram o compromisso de enfrentar a Rússia em sua incursão na Ucrânia, embora as forças russas mantenham controle sobre uma parcela significativa do território ucraniano.
Ameaças ao Ocidente
Essa não é a primeira vez que Putin faz ameaças sérias à comunidade internacional, especialmente ao Ocidente.
Em setembro de 2022, Putin aprovou um plano para anexar partes da Ucrânia e mobilizou 300.000 militares da reserva, levantando a possibilidade de um conflito nuclear caso a segurança da Rússia fosse ameaçada.
Em outubro de 2023, Putin fez uma declaração irônica sobre uma possível guerra nuclear, afirmando que “ninguém sobreviverá”. Também se recusou a descartar a realização de testes nucleares pela primeira vez em mais de três décadas.
No mês passado, Putin provocou novamente o Ocidente ao participar de um voo em um bombardeiro com capacidade nuclear, destacando que 95% das forças nucleares estratégicas russas foram modernizadas e que a Força Aérea recebeu recentemente quatro novos bombardeiros supersônicos com essa capacidade.