Nenhuma disciplina é agradável no momento em que é aplicada; ao contrário, é dolorosa. Mais tarde, porém, produz uma colheita de vida justa e de paz para os que assim são corrigidos. (Hebreus 12:11)
Em junho de 2014, quando a Lei da Palmada, foi aprovada. Mais uma dessas leis draconianas, onde temos uma solução em busca de novos problemas. O Estado socialista, na “melhor das intenções”, resolve dar um tiro de canhão para matar mosquito. Querendo tutelar a vida do cidadão, como um deus onipresente. Retirou o Pátrio Poder, e determinou de forma genérica limites.
Claro que antes houve um trabalho de profunda reengenharia social, uma manipulação midiática, onde casos extremos de violência domestica e abusos, foram usados não como fatos que eram a exceção a regra, mas a regra.
A opinião pública devidamente manipulada, aceitou o sofisma e a interferência do Estado na vida das famílias. Um dos principais princípios doutrinários do Marxismo, socialismo é de que os filhos pertencem ao Estado, que concede aos pais, o direito provisório de criar os filhos.
Claro que histórias de abusos existem, e para a proteção da criança, a sociedade tem que permitir eventualmente que a máquina do Estado, possa ter a prontidão de fazer a devida interferência. Conceder ao Estado o poder genérico de interferir na família é sempre uma faca de dois gumes. Exatamente no dia 26/06/2014, quando a lei 13.010, apelidada de “Lei da Palmada”, entrou em vigor. Meu filho caçula, com três anos, resolveu brincar com a tomada elétrica.
Eu olhei para aquela situação e tentando me adequar a nova lei. Expliquei para ele que ali havia uma corrente elétrica alternada (AC) de tensão de 120 volts, que opera em 60 ciclos por segundo, sendo um ciclo por segundo denominado “Hertz”, e que poderia ser doloroso e até fatal se ele fizesse aquilo.
Após a minha breve palestra técnica, perguntei se ele entendeu, e disse que sim. Fiquei vigiando e cinco minutos mais tarde, ele novamente foi com a mão na tomada, e antes que ele levasse o choque, eu lasquei um tapa na mão dele que foi bem doloroso, é eu me excedi, para muitos diante da lei, a dedução foi claro. O pai excedeu na disciplina. Meu filho saiu chorando, mas nunca mais ele brincou com tomada elétrica. A disciplina nunca é agradável no momento em que é aplicada; ao contrário, é dolorosa. É como o exemplo do Salva Vidas, que pula na água para salvar a pessoa que está se afogando, e desnorteada não permite ser salva, e ali “carinhosamente” o salvador tem que dar um tapa na cara.
Na nossa vida, muitas vezes Deus tem que levantar profetas, que muitas vezes vão usar de palavras duras, e palavras podem doer mais que tapas físicos. João Batista foi um exemplo: ”Raça de víboras” (Mateus 12:3), O apostolo São Paulo, foi um dos homens mais duros e nunca teve medo de falar o que era necessário. Hoje com certeza, Paulo seria cancelado pela cultura do politicamente correto, seria no mínimo processado. ”O salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23)
Vocês não sabem que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não se enganem: aqueles que se envolvem em imoralidade sexual, adoram ídolos, cometem adultério, se entregam a práticas homossexuais, são ladrões, avarentos, bêbados, insultam as pessoas ou exploram os outros não herdarão o reino de Deus. (1 Coríntios 6:9,10) Não se ponham em jugo desigual com os descrentes. Como pode a justiça ser parceira da maldade? Como pode a luz conviver com as trevas? Que harmonia pode haver entre Cristo e o diabo?
Como alguém que crê pode se ligar a quem não crê? E que união pode haver entre o templo de Deus e os ídolos? Pois somos o templo do Deus vivo. Como ele próprio disse: “Habitarei e andarei no meio deles. Serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Portanto, afastem-se e separem-se deles, diz o Senhor. Não toquem em coisas impuras, e eu os receberei. (2 Coríntios 6:14-17)
O apostolo Paulo hoje seria classificado de um fascista, preconceituoso, que não entende que o “amor” justifica a imoralidade sexual, o adultério e as a práticas homossexuais. O MP (Ministério Público) seria implacável com o apostolo Paulo. Com certeza ele seria desmonetizado e até banido de suas redes sociais.
O fanático apostolo Paulo, seria duramente criticado, por dizer, alertar que moça evangélica, não pode namorar rapaz que não seja evangélico. Que o cristão não pode se colocar em qualquer tipo de jugo desigual com os descrentes, seja namoro, casamento, qualquer tipo de sociedade ou até mesmo, uma aliança política…
Pastor Cláudio Godoy é escritor, pastor e membro da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte (MG)